quarta-feira, 13 de novembro de 2013

"Pode ser cruel a eternidade..."

Essa semana foi de notícias não muito agradáveis. Uma me deixou pensativa em excesso.
É possível um ser humano aguentar tanta dor? Qual o nosso limite?
Dor física, dor da morte, dor por arcar com consequências dos nossos atos, dor...
Não importa o tipo de dor, a dor doí.
Nos faz pensar em medidas drásticas.
Pode quem quer dizer que fugir não é a melhor opção mas na hora da dor, na hora do sufoco é só o que o cérebro apresenta como saída.
Fugir sem deixar rastros, "sem lenço nem documento", o mais difícil: fugir da dor sem causar dor.
Ouvi alguém dizer que sou um paradoxo. Paradoxo por sorrir muito quando na verdade estou em pedaços, por ficar elétrica quando na verdade estou exausta.
Veio na minha cabeça agora um excerto de uma musica de CBJr "ouvi dizer que só era triste quem queria..." Não, ninguém quer ser triste, mas é impossível ser feliz o tempo todo. Ninguém é feliz 24 horas.
A felicidade é característica de momentos, instantes que devem ser aproveitados ao máximo.
Quando eu era criança todos os dias eu fazia uma lista do que tinha me feito feliz "minha felicidade do dia é..." e todos os dias tinha algo que me fazia feliz. Passam-se os anos e a meninice vai embora e leva consigo a felicidade. Hoje, se fizer tal lista em alguns dias não terei o que acrescentar. 
Passamos a vida toda em busca da tal felicidade, será possível encontrá-la? Ou estamos fadados a viver pequenos momentos felizes? È certo que o ser humano nunca está satisfeito com que tem... A partir disso e baseada em Platão posso dizer que até encontrar o equilíbrio não dá pra ser feliz.
Há dias e dias.
Dias de cão, dias em vão.
"Dias de paz, dias a mais, dias que não deixaremos para trás
Vivemos esperando dias melhores, melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo..."
O que tem para o dia é dor, hoje foi um dia de melhor dor.
Dor essa que sufoca, puxa para o fim. Qual fim? O fim de tudo ou fim da mesma.
Procurar o que causa essa dor faz doer mais, adentra-se em um labirinto em que eu somos a peça e quem controla o labirinto ainda não conseguiu achar a saída.
Quem sabe um dia.