quinta-feira, 22 de maio de 2014

Escolha

O texto é sobre uma escolha
A escolha de falar sobre escolhas
Não importa a hora, mas em algum momento temos que decidir. Decidir se queremos escolher. A escolha é feita e a partir desse momento haverá a dor. Infame essa que acompanha cada passo da decisão. A sombra do certo ou errado. A vontade de voltar atrás. O pensamento do e se, e se eu escolhesse o outro caminho.
Suportar ou voltar atrás. Desistir ou lutar. Outra decisão a partir da escolha.
Surge a "falta de sorte" ou "boa sorte" que nada mais é que uma consequência. Consequência de uma escolha ruim ou boa. Olhando por essa lógica a vida passa a ser um dado cujas faces revelam: boa escolha, escolha ruim, boa sorte, falta de sorte. Ou até, apenas, escolha e consequência.
E se decidir não escolher apenas, vague. E suporte apenas vagar, que é a consequência da falta de escolha.
A escolha de escolher o tema para esse texto foi...

Até mais!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Poesia Matemática

Em minhas andanças pelo mundo cibernético avistei algo que muito interessante me pareceu. Mais interessante por envolver uma área tão linda: a Matemática. A poesia é de Millôr Fernandes, genial!

"Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade."

Ps: A que interessar esse texto foi extraído do livro "Tempo e Contratempo".

Até mais!

domingo, 4 de maio de 2014

Inspira


Há sempre algo que nos inspira.

Inspira confiança.
Inspira compaixão
Inspira vontade de viver.
Algo simples.
Um por do sol.
A linha do horizonte.
Pingos de chuva na janela.
Uma nota boa.
Um dia bem vivido.
Um reconhecimento.
Uma palavra.
Um abraço.

Um suspiro.
Algo composto.
Musicas.
Desenhos.
Poesias.
Filmes.

Fotos.
Luzes.
As vezes é inexplicável.
Inspiração reversa.

Inspiração que provém.
De um dia ruim.
De uma palavra negativa.
De uma experiencia desagradável.
A inspiração da inspiração.
A inspiração da motivação.
A inspiração no amar.
A inspiração no visualizar.
A inspiração no viver.

Inspire-se.